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Arthur Schopenhauer

Filósofo 

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Arthur Schopenhauer foi, basicamente, o filósofo oficial do “a vida é uma droga, lide com isso” — e ainda conseguiu transformar esse pessimismo em arte. Nascido em 1788, na cidade de Danzig (atual Gdańsk, Polônia), ele cresceu em uma família rica de comerciantes alemães. Seu pai, um homem severo e racional, esperava que o filho seguisse os negócios da família; sua mãe, Johanna Schopenhauer, era uma escritora reconhecida e dona de um famoso salão literário frequentado por artistas e intelectuais. No meio desse ambiente, Arthur aprendeu desde cedo a observar o mundo com uma mistura de fascínio e tédio.


Mas o garoto rebelde não se encaixava nem nos jantares elegantes nem nos planos comerciais do pai. Após a morte deste (em circunstâncias misteriosas), Schopenhauer decidiu seguir o chamado da filosofia. Estudou em Göttingen e Berlim, mergulhando nas obras de Immanuel Kant — o filósofo que mais o influenciaria — e também nas tradições orientais, especialmente o budismo e o hinduísmo, que moldaram sua visão de mundo centrada no sofrimento, no desejo e na ilusão.


Seu principal livro, “O Mundo como Vontade e Representação” (1818), é uma verdadeira maratona filosófica: nele, Schopenhauer argumenta que o mundo é movido por uma força irracional — a vontade — e que estamos todos presos num ciclo infinito de querer o que não temos e nos frustrar quando conseguimos. Em resumo: viver é desejar, e desejar é sofrer. (Sim, ele teria adorado as redes sociais.)

Durante boa parte da vida, Schopenhauer foi o retrato do filósofo amargo. De gênio difícil, vivia reclamando que ninguém reconhecia seu talento — o que, na época, era parcialmente verdade, já que suas ideias foram ofuscadas pelo sucesso de Hegel, seu arquirrival na universidade. Ele chegou a dar aulas no mesmo horário de Hegel só para competir — e, claro, sua sala ficava praticamente vazia.


Mas o tempo fez justiça: anos depois, Schopenhauer finalmente ganhou o reconhecimento que tanto buscava. Sua visão melancólica, combinada a um estilo de escrita direto e literário, conquistou intelectuais, escritores e artistas do século XIX, como Nietzsche, Tolstói, Freud, Wagner e até mesmo Thomas Mann.


Morreu em 1860, em Frankfurt, aos 72 anos — provavelmente, como você bem disse, irritado com alguma coisa. Mas deixou um legado imenso: foi o primeiro filósofo a unir a filosofia ocidental à sabedoria oriental, e sua reflexão sobre o sofrimento humano segue ecoando em tudo, da literatura ao existencialismo moderno.


Em suma: Schopenhauer foi o pessimista que viu o mundo como ele é — e ainda assim teve coragem de descrevê-lo com brutal honestidade.


Suas obras:


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