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Barbara Ehrenreich

Escritora, Jornalista e At

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Barbara Ehrenreich foi aquela jornalista e escritora que não tinha paciência pra papo furado — especialmente vindo do capitalismo. Nascida em 1941, em Butte, Montana (EUA), cresceu em uma família de classe trabalhadora. Seu pai era mineiro de cobre, o que lhe deu desde cedo uma noção bem concreta das desigualdades que definem quem sobe e quem fica preso no subsolo — literalmente e socialmente.


Formou-se em Química e fez doutorado em Biologia Celular pela Universidade Rockefeller, mas percebeu que o microscópio não era suficiente para entender os mecanismos mais cruéis da sociedade. Abandonou a ciência acadêmica para se dedicar ao que realmente a movia: expor injustiças e questionar narrativas confortáveis.


Barbara começou a escrever nos anos 1970, em plena efervescência do movimento feminista e dos debates sobre classe e raça nos Estados Unidos. Foi colaboradora de veículos como The New York Times, The Atlantic, Time e The Nation, sempre com um estilo afiado, sarcástico e intelectualmente sólido.


Seu grande salto veio com o livro Nickel and Dimed: On (Not) Getting By in America (2001), um verdadeiro soco de realidade. Para escrevê-lo, ela se infiltrou no submundo dos trabalhos de baixa remuneração — limpando quartos de hotel, atendendo em lanchonetes e sobrevivendo com o salário mínimo. A experiência rendeu uma denúncia contundente: o famoso lema “trabalhe duro e vencerá na vida” é, na prática, uma farsa para milhões de trabalhadores. O livro virou best-seller, leitura obrigatória em escolas e universidades, e referência nos debates sobre pobreza, exploração e dignidade no trabalho.


Mas Barbara não parou aí. Escreveu sobre saúde pública, classe média, feminismo, religião, a guerra do Iraque e até o otimismo tóxico — aquele discurso açucarado de que “pensar positivo” basta para vencer na vida. Em Bright-Sided: How Positive Thinking Is Undermining America (2009), ela destrincha como a obsessão cultural pelo “good vibes only” mascara desigualdades e culpa as vítimas por não prosperarem.


Feminista e ativista incansável, Ehrenreich também ajudou a fundar organizações dedicadas à justiça econômica e social, como o Economic Hardship Reporting Project, voltado a dar voz a jornalistas e trabalhadores que vivem na precariedade sobre a qual escrevem.


Com um estilo que misturava rigor investigativo, ironia cortante e empatia real, Barbara Ehrenreich se tornou uma das vozes mais respeitadas (e temidas) do jornalismo contemporâneo.


Morreu em 2022, aos 81 anos, deixando uma obra que ainda sacode consciências e incomoda os poderosos — o que, convenhamos, era exatamente o que ela queria.


Suas obras:


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