Barry Schwartz

Barry Schwartz é o psicólogo social que virou o porta-voz oficial do cansaço mental moderno — especialmente daquele tipo que surge quando a gente trava diante de 47 tipos de pasta de dente tentando tomar a “melhor” decisão.

Nascido nos Estados Unidos, Schwartz construiu uma carreira sólida como professor de Psicologia no Swarthmore College, uma tradicional universidade liberal na Pensilvânia, onde lecionou por mais de quatro décadas. Especialista em motivação humana, comportamento moral e tomada de decisão, ele sempre teve um olhar curioso sobre a forma como pensamos — ou melhor, sobre como pensar demais às vezes atrapalha.

Sua fama ultrapassou os muros da academia em 2004, com o lançamento do livro The Paradox of Choice: Why More Is Less (O Paradoxo da Escolha), em que ele defende uma ideia simples e devastadora: ter muitas opções não nos torna mais livres, apenas mais ansiosos, indecisos e insatisfeitos. A pesquisa, baseada em anos de observação e experimentos, virou um clássico moderno e uma das palestras TED Talks mais vistas de todos os tempos.

Mas Schwartz não parou por aí. Em obras como Practical Wisdom (escrita com Kenneth Sharpe) e Why We Work, ele explorou temas como sabedoria prática, motivação no trabalho e a busca por propósito em um mundo obcecado por produtividade. Para ele, o problema não é apenas o excesso de escolhas, mas também o fato de vivermos em um sistema que valoriza resultados acima de significado — e isso, segundo ele, está deixando todo mundo um pouco mais infeliz (e cansado).

Com um estilo acessível e bem-humorado, Schwartz conquistou o público fora da academia sem simplificar demais suas ideias. Ele tem o talento raro de traduzir conceitos complexos da psicologia em linguagem cotidiana, mostrando que nossas decisões diárias — do que vestir até que carreira seguir — são pequenas batalhas entre a razão, o desejo e a expectativa social.

Hoje, mesmo aposentado do ensino, Barry Schwartz continua palestrando, escrevendo e participando de conferências em todo o mundo. É aquele tipo de pensador que não promete uma vida sem dilemas, mas ajuda a entender por que escolher entre A e B pode ser tão exaustivo — e faz isso com o humor sereno de quem já aceitou que a mente humana é uma bagunça fascinante.

Suas obras:

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• O Paradoxo da Escolha