
Um laboratório para mentes pensantes.
Byung-Chul Han
Filósofo, Professor e Ensaísta

Byung-Chul Han é o filósofo sul-coreano que transformou o mal-estar da vida moderna em tema de debate global — com a serenidade de um pensador e a precisão de um cirurgião das emoções contemporâneas.
Nascido em 1959, em Seul, Han começou sua trajetória acadêmica de forma inusitada: estudando Metalurgia. Mas, ao perceber que o que o fascinava não era o metal, e sim o ser humano por trás das máquinas, decidiu trocar a engenharia pela filosofia.
Mudou-se para a Alemanha nos anos 1980, onde mergulhou no estudo de Filosofia, Literatura Alemã e Teologia em universidades como Friburgo e Munique. Lá, se deparou com os grandes nomes do pensamento europeu — de Hegel e Heidegger a Nietzsche e Foucault — e desenvolveu seu estilo inconfundível: denso, poético e desconfortavelmente lúcido.
Atualmente, é professor na Universidade de Artes de Berlim (UdK) e uma das vozes mais influentes da filosofia contemporânea. Seus textos são curtos, afiados e escritos em um tom que parece calmo — até que você percebe que ele está descrevendo, com precisão quase cirúrgica, o esgotamento emocional e espiritual da nossa era hiperconectada.
Em obras como A Sociedade do Cansaço, Psicopolítica, A Agonia do Eros, No Enxame e A Sociedade da Transparência, Han analisa o impacto do capitalismo digital, da produtividade constante e da cultura da performance sobre a nossa mente.
Para ele, vivemos em uma época em que o “poder” já não se impõe pela repressão, mas pela sedução da eficiência — somos explorados não por chefes, mas por nós mesmos, na tentativa de sermos sempre produtivos, positivos e conectados.
Sua crítica à “sociedade do desempenho” e ao culto da positividade conquistou leitores muito além da academia, especialmente entre artistas, psicólogos e profissionais exaustos que se reconheceram em suas análises.
Mesmo avesso aos holofotes — Han raramente dá entrevistas e mantém uma vida discreta —, seu pensamento ecoa cada vez mais forte no mundo, ajudando-nos a entender por que o excesso de liberdade pode virar prisão e o excesso de estímulos pode levar ao vazio.
Com um estilo direto, melancólico e profundamente humano, Byung-Chul Han nos convida a fazer o impensável na era digital: parar, respirar e simplesmente estar. Porque, às vezes, o maior ato de resistência é não fazer nada.
Suas obras:
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A Sociedade do Cansaço
Psicopolítica