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David Hume

Historiador, Filósofo e Ensaísta

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David Hume foi o filósofo escocês que olhou para o mundo e, com a calma típica de quem toma chá sob chuva fina, basicamente disse:
 

“Certeza? Só se for da morte e do chá das cinco.”


Nascido em 1711, em Edimburgo, Hume cresceu em uma Escócia vibrante, onde o Iluminismo fervia entre cafés, debates e ideias revolucionárias. Vindo de uma família modesta da pequena nobreza, ele foi um estudante precoce e curioso — mas achou o curso de Direito na Universidade de Edimburgo insuportavelmente entediante. Então, como todo jovem ousado (e ligeiramente teimoso), decidiu que seria filósofo profissional.


Spoiler: no início, não deu muito certo. Seu primeiro grande livro, Tratado da Natureza Humana (1739), que ele escreveu aos 26 anos, foi recebido com o que ele mesmo chamou de “morte antes de nascer” — ou seja, ninguém ligou. Mas o fracasso não o abalou: Hume seguiu escrevendo e lapidando suas ideias, até se tornar uma das mentes mais influentes do Iluminismo.


O que Hume fez foi revolucionário: pegou o empirismo britânico de John Locke e George Berkeley e o levou às últimas consequências. Segundo ele, tudo o que sabemos vem da experiência, e qualquer certeza além disso é pura imaginação.


Ele desmontou a noção de causa e efeito, dizendo que o fato de duas coisas sempre acontecerem juntas não prova que uma cause a outra — só mostra que o hábito nos faz acreditar nisso. E, quando se trata da ideia de “eu”, ele foi ainda mais ousado: para Hume, não existe um “eu” permanente, apenas um fluxo de percepções, sensações e lembranças que se sucedem sem centro fixo.


Além de desafiar a metafísica e a religião, Hume também se aventurou pela economia, história e política, tornando-se um verdadeiro pensador multifuncional do século XVIII. Seu Ensaio sobre o Entendimento Humano, mais acessível que o primeiro livro, o consagrou como um dos maiores filósofos modernos, influenciando nomes como Kant, Nietzsche, Darwin e Freud. Kant chegou a admitir que Hume o despertou de seu “sono dogmático”.


Apesar de ser visto com desconfiança pela Igreja e por algumas instituições acadêmicas (afinal, questionar milagres e a existência de uma alma imortal não ajudava a conquistar popularidade), Hume manteve um espírito leve e bem-humorado até o fim.


Quando adoeceu, em 1776, enfrentou a morte com serenidade e um certo ceticismo elegante — sem arrependimentos, sem medo e, claro, sem fé no além.


Hoje, ele é lembrado como um dos pais do empirismo moderno e um ícone do pensamento crítico. Sua filosofia combina a precisão de um cientista com a ironia de um bom escocês de taverna — metade razão afiada, metade trollagem iluminista.


Suas obras:


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