
Um laboratório para mentes pensantes.
Giuliano da Empoli
Ensaísta e Concelheiro Político, Jornalista e Romancista

Giuliano da Empoli — o nome já soa como o de um pensador que entende os bastidores do poder, e é exatamente isso que ele é: um observador privilegiado e provocador do teatro político contemporâneo.
Nascido em 1973, em Neuilly-sur-Seine, na França, mas de origem italiana, Da Empoli cresceu entre dois mundos: o da cultura refinada e o da política real — onde ideias e ambições se misturam em doses nem sempre éticas.
Formado em Ciência Política pela Universidade de Roma La Sapienza, ele pertence àquela rara categoria de intelectuais que não se contentam em teorizar o poder de longe. Pelo contrário: já esteve dentro da máquina, participando de campanhas eleitorais, assessorando governos e observando, de camarote, como se fabricam discursos, líderes e narrativas.
Foi assessor do então primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, cargo que lhe deu uma visão íntima do jogo político — e que, mais tarde, serviria de combustível para suas análises afiadas e seus romances cheios de bastidores.
Além de estrategista, Da Empoli é escritor, ensaísta e professor na Sciences Po, em Paris, onde continua a examinar como a política, a tecnologia e a manipulação psicológica se entrelaçam no mundo moderno.
Fundador do think tank Volta, ele também é presença constante em jornais e debates sobre o futuro da democracia e os riscos da “engenharia emocional” nas redes sociais — aquele território nebuloso onde algoritmos e propaganda política se confundem.
Seu nome ganhou projeção mundial com o livro O Mestre das Sombras (2022), finalista do Prêmio Goncourt, no qual ele transforma suas experiências e observações do poder em ficção literária de alta voltagem. Inspirado livremente em figuras reais da política global, o romance retrata os bastidores do autoritarismo moderno, mostrando como as emoções — e não as ideologias — são hoje o principal motor da política.
Da Empoli cria um retrato tão elegante quanto assustador de um mundo em que a manipulação substituiu a convicção e em que a sombra é mais poderosa que a luz.
Mas o autor não para por aí. Em outros livros, como Les ingénieurs du chaos (Os Engenheiros do Caos, 2019), ele mergulha na ascensão do populismo digital e dos estrategistas por trás de campanhas que redefiniram o poder — de Trump a Bolsonaro.
Com uma escrita elegante e provocadora, Da Empoli revela como o novo jogo político é menos sobre ideias e mais sobre emoções fabricadas, narrativas instantâneas e controle da atenção.
Longe de ser apenas um acadêmico de gabinete, ele se comporta como um investigador das engrenagens invisíveis do poder. Seus textos transitam entre o ensaio, a literatura e o jornalismo, sempre com aquele tom inquietante de quem já viu demais — e sabe que, por trás de todo grande discurso, há um roteiro cuidadosamente escrito.
Em resumo, Giuliano da Empoli é o pensador que desmonta o espetáculo da política moderna.
Com ironia e elegância, ele nos faz perguntar:
“Será que estamos jogando xadrez... ou apenas assistindo a um truque de ilusionismo?”
Suas obras:
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Os Engenheiros do Caos