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Nicolau Maquiavel

Filósofo, Poeta, Diplomata, Músico e Historiador

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Nicolau Maquiavel foi o homem que olhou para o poder e disse o que ninguém tinha coragem de dizer: na política, ser bonzinho é opcional — mas ser esperto é questão de sobrevivência.


Nascido em 1469, em Florença, no coração pulsante do Renascimento italiano, ele cresceu cercado por arte, filosofia e, claro, intrigas políticas dignas de novela.
A Itália da época não era um país unificado, mas um tabuleiro de cidades-estado — cada uma com seus governantes, conspirações, alianças e traições. Foi nesse cenário que Maquiavel aprendeu, na prática, o que é “jogo político”.


Filho de uma família modesta, mas culta, estudou literatura clássica, história e retórica, e aos 29 anos começou a trabalhar como funcionário público e diplomata da República Florentina.


Durante 14 anos, viajou por cortes e reinos europeus, negociando com papas, príncipes e mercenários — inclusive com César Bórgia, o duque ambicioso que se tornaria uma das grandes inspirações para seu pensamento político.
Nessas andanças, Maquiavel entendeu uma verdade incômoda: por trás de cada discurso virtuoso, havia interesse, medo e poder.


Mas a sorte, como ele próprio diria, é uma amante volúvel.


Quando os Médici — a poderosa família que ele tanto criticava — retomaram o poder em Florença, Maquiavel foi acusado de conspiração, preso, torturado e, por fim, exilado em uma pequena propriedade rural.


Foi ali, afastado da política, que ele escreveu sua obra-prima: O Príncipe (1513).

O livro era, ao mesmo tempo, manual de sobrevivência e estudo sobre o poder.
Maquiavel descreveu, com uma frieza cirúrgica, o que os governantes realmente fazem — e não o que fingem fazer.


Falou sobre virtù (a habilidade de agir com inteligência, coragem e oportunidade) e fortuna (a sorte, essa força imprevisível que governa metade da vida humana).
Para ele, o bom líder deveria saber agir com ética quando possível — e sem ela, quando necessário.


Com o tempo, O Príncipe foi lido como um guia de manipulação e crueldade — tanto que o adjetivo “maquiavélico” passou a significar “astuto e sem escrúpulos”.


Mas essa é uma leitura injusta: Maquiavel não defendia a maldade, e sim a realidade nua e crua do poder humano, onde boas intenções raramente bastam.
Ele não criou a política — apenas tirou sua máscara.


Além de O Príncipe, escreveu Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio, uma defesa vibrante das repúblicas e da participação cidadã, e A Arte da Guerra, sobre estratégia e liderança.


Era um pensador completo: crítico, patriota e, acima de tudo, apaixonado por Florença.


Morreu em 1527, aos 58 anos, pobre e ainda afastado da política, sem imaginar que seu nome atravessaria séculos.


Hoje, Maquiavel é estudado como o pai da ciência política moderna, o homem que separou a moral pessoal da lógica do poder — e que, com isso, ensinou o mundo a enxergar a política sem ilusões.


E se ele estivesse por aqui, talvez apenas sorrisse e repetisse uma de suas lições favoritas:


“Os fins justificam os meios? Não sempre. Mas, às vezes, é o único jeito de continuar no jogo.”


Suas obras:


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