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Platão

Filósofo e Matemático

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Platão foi o filósofo que nos ensinou a desconfiar dos nossos próprios olhos — o cara que fez o mundo se perguntar se a realidade é mesmo o que parece… ou se vivemos apenas assistindo sombras na parede.


Nascido por volta de 427 a.C., em Atenas, ele veio de uma família nobre e cresceu cercado pela efervescência cultural e política da Grécia Clássica.


Seu destino poderia ter sido a vida pública, mas um encontro mudou tudo: Sócrates.

Discípulo do homem mais questionador de Atenas, Platão ficou profundamente marcado pela inteligência e pelo estilo de vida de seu mestre — alguém que, ao invés de dar respostas, fazia perguntas que desmontavam certezas.


Quando Sócrates foi condenado à morte por “corromper os jovens e desrespeitar os deuses”, Platão se revoltou.


A partir desse momento, decidiu dedicar sua vida a continuar o legado socrático — pensar, ensinar e, claro, incomodar.


Mas Platão não era apenas um seguidor: era um sistematizador, um criador de mundos.


Transformou as conversas de seu mestre em diálogos filosóficos — textos em que Sócrates aparece discutindo temas como justiça, amor, virtude e conhecimento.

Essas obras, como “A República”, “O Banquete” e “Fédon”, são até hoje leituras obrigatórias não só pela profundidade das ideias, mas também pela elegância literária.


Afinal, Platão não só pensava — ele escrevia bonito.


Foi em “A República” que ele apresentou uma das metáforas mais famosas da filosofia: a Alegoria da Caverna.


Nela, os humanos vivem presos em uma caverna, assistindo sombras projetadas na parede e acreditando que aquilo é o mundo real.


Para Platão, a maioria das pessoas vive assim — iludida pelas aparências —, e só o filósofo, através da razão, é capaz de sair da caverna e enxergar a luz da verdade.
É ou não é uma ideia digna de inspirar Matrix?


Mas Platão não ficou só nas reflexões abstratas.


Ele também acreditava que o filósofo deveria ajudar a organizar a cidade, e em seus textos defendeu a ideia de um “rei-filósofo”, alguém sábio o bastante para governar com justiça e razão (um conceito que talvez ainda soe utópico até hoje…).


Cerca de 20 anos depois da morte de Sócrates, Platão fundou A Academia de Atenas, considerada a primeira universidade do mundo ocidental.


Era um espaço dedicado ao debate, ao estudo e à contemplação, onde filosofia, matemática e ciência se encontravam.


Entre seus alunos estava um certo Aristóteles, que mais tarde daria continuidade — e algumas boas discordâncias — ao pensamento do mestre.


Platão acreditava que o verdadeiro conhecimento não está no que vemos, mas no que compreendemos com a mente.


Essa é a base de sua Teoria das Ideias — segundo a qual tudo o que existe no mundo material é apenas uma cópia imperfeita de algo mais puro e eterno que habita um plano superior.


Para ele, portanto, a realidade visível era apenas o reflexo de um universo invisível e perfeito — uma espécie de “real oficial” além do alcance dos sentidos.


Platão morreu por volta de 347 a.C., provavelmente em Atenas, deixando um legado que moldou não só a filosofia, mas também a arte, a política, a religião e até a ficção moderna.


Mais de dois milênios depois, suas perguntas continuam ecoando:


O que é real? O que é justo? O que é belo?


E se Platão nos ensinou algo, é que filosofar não é ter respostas — é aprender a ver a luz quando todos ainda estão olhando para as sombras.


Suas obras:


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