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Simone de Beauvoir

Escritora, Filósofa e Feminista

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Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir — ou simplesmente Simone de Beauvoir — foi a mulher que olhou para o mundo e disse:


“Chega de aceitar o que esperam de nós. É hora de pensar — e viver — por conta própria.”


Nascida em 1908, em Paris, Beauvoir cresceu em uma família tradicional, onde esperava-se que uma menina fosse educada para casar, não para questionar o sistema. Mas ela nunca foi de seguir o roteiro.

Desde cedo, mostrou uma inteligência extraordinária e uma fome insaciável por conhecimento. Leu filosofia, matemática, literatura e, aos 21 anos, se tornou a mulher mais jovem da França a conquistar o título de professora de filosofia.


Foi nas salas da Sorbonne que conheceu Jean-Paul Sartre, o parceiro que seria, por décadas, seu cúmplice intelectual, amoroso e existencial.

O relacionamento deles virou lenda: aberto, intenso e baseado na liberdade — um reflexo vivo das ideias que ambos defendiam. Juntos, se tornaram o casal símbolo do existencialismo, a corrente filosófica que afirma que o ser humano é livre para construir sua própria essência.


Mas enquanto Sartre mergulhava nas abstrações da liberdade, Beauvoir olhava para o cotidiano e perguntava:


“Livre pra quê, se as mulheres ainda vivem presas?”


Foi essa inquietação que a levou a escrever O Segundo Sexo (1949), obra monumental que mudou para sempre a história do pensamento moderno.

Com rigor filosófico e coragem de sobra, Beauvoir analisou séculos de opressão feminina, desnudando a forma como a cultura, a religião e a política transformaram as mulheres em “o outro” — o reflexo, a sombra, o apêndice do homem.

E então escreveu a frase que ecoa até hoje:


“Não se nasce mulher, torna-se mulher.”


A publicação foi um escândalo. A Igreja Católica colocou o livro no Index de obras proibidas, críticos conservadores a chamaram de imoral e até colegas de esquerda se incomodaram com seu tom de rebeldia.

Mas o impacto foi irreversível: Beauvoir deu às mulheres do mundo moderno uma nova linguagem para falar sobre liberdade, autonomia e identidade.


Além de filósofa, ela foi romancista, ensaísta e ativista. Escreveu obras marcantes como “Memórias de uma Moça Bem-Comportada”, “A Convidada” e “A Força das Coisas”, nas quais explorou, em diferentes tons, o drama da existência e a busca por autenticidade.

Também participou ativamente dos movimentos feministas e de direitos civis na França, lutando por igualdade de gênero, direito ao aborto e transformação social.


Mesmo após a morte de Sartre, em 1980, Beauvoir continuou escrevendo e militando até seus últimos dias.

Morreu em 1986, em Paris, aos 78 anos, e foi sepultada ao lado dele no Cemitério de Montparnasse — símbolo de uma parceria que atravessou o tempo.


Simone de Beauvoir não foi apenas uma filósofa: foi uma força intelectual e moral que redefiniu o que significa ser mulher, ser livre e ser humano.

Mais de sete décadas depois, suas palavras continuam ecoando — não como um eco do passado, mas como um chamado urgente ao presente:


“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja o nosso próprio destino.”


Suas obras:


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