Como ter mais disciplina sem precisar virar um Robô
- N3ssa UN4RTificial
- 10 de abr.
- 14 min de leitura
Atualizado: 3 de mai.
No paraíso selvagem da internet, sempre aparece algum guru dizendo que acordar às 5 horas da manhã e tomar banho gelado é o segredo do sucesso. E se tem uma coisa que está bombando nas trends, é a produtividade - assim como o primo dela, o famoso burnout.
No teatro da vida moderna, ser disciplinado virou um esporte violento - quase uma competição sobre quem consegue ignorar mais seus desejos humanos em nome de uma alta performance.
Imagine um mundo onde você acorda às 05h15, bebe um suco verde ou um bulletproof coffee e corre 10 km enquanto ouve um podcast sobre “produtividade quântica”. Se esse exemplo lhe parece um sonho de consumo, parabéns! Você acabou de desejar estar no modo máquina, onde até seu lazer é cronometrado para gerar relatórios de “eficiência existencial”.
A ironia disso? A disciplina é de fato necessária para a vida, mas a nossa sociedade pegou essa ideia e passou a vendê-la no melhor estilo “life hacks”, tudo a um preço módico, é claro.
Parece muito prático e bonito, mas auto lá, filhote de gafanhoto capitalista. Antes que você se transforme em um autômato movido a cafeína e planilhas, vamos filosofar um pouco sobre como domar essa fera da disciplina sem precisar vender a alma para o deus do lucro desenfreado.
Ser disciplinado e produtivo é perfeitamente possível, melhor ainda é realizável e você não vai precisar virar um ciborgue programado por algum coach de camisa justa. Tudo sem colapso nervoso e até mesmo sem precisar ler “A mágica da manhã”, achando que aquilo é uma revelação divina (experiência própria). Sim, mesmo que ninguém te conte, existe meio-termo entre a preguiça absoluta e o culto à alta performance e tudo isso, sem transformar a nossa vida em um episódio eterno de “Black Mirror”.
Vamos começar dando um peteleco - bem de leve - na ferida do status quo.
O Grande Mal-Entendido: Disciplina ≠ Escravidão Moderna
Digamos que a palavra disciplina foi sequestrada. Antigamente, filósofos como Aristóteles viam a disciplina como um caminho para a virtude - o ethos de quem buscava excelência (não seguidores). Hoje, ela foi repaginada e virou sinônimo de trabalhar até ficar doente ou morrer. (Ps: Isso não é disciplina, é alienação com filtro de produtividade, fica a dica.)

Disciplinar-se não é virar uma máquina eficiente, mas sim construir uma relação honesta consigo mesmo. É mais sobre autodomínio e menos sobre autoexploração.
Simone de Beauvoir dizia que ”…a liberdade é o ato de escolher a si mesmo a cada instante… ” - isso, Senhoras e Senhores, é disciplina e não se acorrentar a uma agenda de produtividade tóxica. É decidir com consciente lucidez onde nós vamos investir o nosso tempo, nosso foco e nossa energia.
Como ter mais Disciplina: O Dilema entre o Zen e o Zumbi Corporativo
A problemática de hoje em dia é que passamos a confundir disciplina com obediência. A obediência é escrava; a disciplina é livre.
Pensadores como Michel Foucault já nos alertavam sobre as técnicas de poder às quais a disciplina se inclui. Essas técnicas são sutis formas de controle que internalizamos e que moldam nossos comportamentos. A disciplina, nesse contexto, pode ser vista como uma tecnologia de poder que nos é imposta, nos domesticando para o bom funcionamento da sociedade.
Mas, e se pudéssemos subverter essa lógica? E se a disciplina fosse uma ferramenta de libertação pessoal, um meio de alcançar nossos próprios objetivos, desvinculados da incessante busca pelo acúmulo de capital?
Nietzsche, com sua habitual audácia, nos falava sobre a “vontade de poder”, não como dominação dos outros, mas como a força motriz para a auto-superação. Uma disciplina genuína, portanto, não seria imposta de fora, mas emanaria de um desejo interno de crescimento, de conquista de si mesmo. É a diferença entre ser o robô programado para obedecer e um artista que esculpe a própria vida com esmero e dedicação.
Óbvio que essa ideia não cairia muito bem nas fábricas do século XIX, onde os operários aprendiam a dançar conforme a música das máquinas - hoje, as coreografias são feitas para as métricas de engajamento. A escola? Nada mais é do que uma linha de montagem de “mentes úteis”.
Simone de Beauvoir já falava brilhantemente sobre a liberdade como um projeto constante, uma construção ética diária. Nesse espírito, disciplina não é prisão, é ponte. Entre o que você quer ser e o que você está disposto a fazer para chegar lá.
Você não precisará acordar às 5 horas da manhã. Mas poderia parar de rolar o feed das redes sociais até de madrugada, o sentido para a sua vida não vai aparecer no próximo story.
O Monstro Invisível
Você o conhece bem, talvez você até seja ele - às vezes - apenas não percebe.
É aquele que acorda com um ou vários alarmes irritantes - e que aperta o ‘modo soneca’ várias vezes antes de levantar e já vai escutando um podcast de produtividade enquanto está no banheiro, depois responde e-mails ou dá uma 'escroladinha' nas redes sociais enquanto mastiga uma barra de proteína isolada e trata toda forma de descanso como uma falha na moral e inutilidade “por não estar fazendo nada”.

Esse robô aí é filho legítimo de uma sociedade que te convenceu de que sua única função neste planeta é produzir. Não refletir. Não sentir. Não criar. Apenas produzir, bem fácil de entender e executar. Você é só mais um no coletivo Borg. Ele vive em nós sempre que nos sentimos culpados por descansar e quando olhamos para um lindo pôr do sol, enquanto pensamos “eu devia estar fazendo algo de útil com a minha vida”.
Deixa eu te contar uma coisa, esse pensamento não é seu, mas sim de pessoas que monetizam sua atenção, sua ansiedade e seu tempo. Exagero? Continue lendo.
As Visões da Disciplina
Simone de Beauvoir, com sua lúcida análise da condição feminina, nos mostrou como as estruturas sociais muitas vezes nos impõem disciplinas invisíveis, limitando nossas escolhas e nos moldando a papéis predefinidos. Sua busca por autonomia e liberdade exigiu uma disciplina pessoal implacável, uma recusa em se curvar às expectativas alheias.
Com suas ideias matemáticas e filosóficas, Pitágoras falava sobre a relevância da ordem e da harmonia. Ele acreditava que a disciplina era algo que se estendia para muito além do simples cumprimento de normas, algo mais profundo que refletia a nossa busca pelo equilíbrio interno, a consistência entre nossos pensamentos e ações.
O estoicismo, por sua vez, defendia a autodisciplina como sendo a estrada para a virtude e a aceitação das coisas que não podemos controlar. Enquanto isso, o hedonismo sussurra em rouca voz que o prazer momentâneo e imediato é o único objetivo verdadeiramente relevante.
O meio-termo, como sempre, parece ser o ideal - e o mais trabalhoso em alcançar. Nós podemos buscar o prazer, sem dúvidas, mas sem que isso nos desvie completamente de nossos objetivos de longo prazo. Digamos que é como comer meia forma de bolo de cenoura com cobertura de ganache de chocolate belga no fim de semana, sabendo que teremos uma consulta com o nutricionista na segunda-feira.
O behaviorismo, com seus experimentos de reforço e punição, tenta nos condicionar a comportamentos desejáveis por meio de recompensas e castigos. Mas será que queremos mesmo ser como os cachorrinhos de Pavlov, salivando ao som do sino da produtividade? A disciplina genuína vem de uma compreensão interna do porquê fazemos o que fazemos, e não apenas da busca por uma recompensa externa.
Disciplina e Liberdade: Um casamento improvável?
A contradição aparente entre disciplina e liberdade é só isso: aparente. Usando novamente os estoicos como exemplo - principalmente Epicteto - que já nos ensinava que a liberdade verdadeira vem do domínio interno. Não é sobre fazer o que quiser e quando quiser, mas sim, saber o que vale a pena fazer e manter-se firme, mesmo - e principalmente - quando ninguém está olhando.
Virginia Woolf, do alto da sua escrita visceral, diria que é preciso “um quarto todo seu” - um espaço interno de reflexão e escolha, que se resume em espaço, tempo, silêncio.
Ambos, tanto Epicteto quanto Virginia, falavam da mesma coisa, de formas diferentes: Estrutura como liberdade, não como prisão.
A disciplina saudável é uma arquitetura da existência. Um pacto entre você e sua capacidade de criar sentido, mesmo em meio ao caos.
Mas é importante não cairmos na armadilha de acharmos que disciplina e austeridade são sinônimos. Pois, na verdade, tudo isso também se resume a curarmos a nossa relação com o tempo. Deveríamos parar de ver as horas como moedas e começar a vê-las como pincéis.
Desmistificando a Autodisciplina
A disciplina é aquele músculo teimoso que você precisa exercitar. No início, dói, você sua, pensa um milhão de vezes em desistir e talvez até chore um pouco em posição fetal. Mas, com o tempo e a prática constante, ele se fortalece, permitindo que você levante pesos maiores - metaforicamente ou literalmente, depende - e tudo isso sem que a sua sanidade mental “vá comprar cigarros e não volte mais”.
Portanto, ser disciplinado - de acordo com a minha experiência - é ter consistência com seus próprios objetivos, não com os do RH da sua empresa e nem com os de outras pessoas. É ter coragem de escolher uma cadência confortável e constante em um mundo que valoriza a pressa errante. É dormir oito ou nove horas por noite com o celular em modo avião. É ler pelo menos 10 páginas de um livro sem ficar checando o celular a cada três minutos.

A disciplina real é subversiva. Porque ela implica em autoconhecimento, e o autoconhecimento é a arma mais perigosa contra um sistema que nos quer alienados, cansados e doentes.
Práticas & Dicas para Disciplina Descolada (tudo sem precisar virar um Drone)
Vamos ao que interessa. Aqui estão várias práticas (não tão) secretas que eu busquei, estudei e pratiquei - algumas até hoje, não só do como ter mais disciplina, mas também de como optimizá-la.
Escolha a(s) que mais fizerem sentido para você e só vai!
Desconfie dos gurus da produtividade: eles lucram com a sua insegurança. Se alguém promete que sua vida vai mudar em 7 passos (com ou sem planner), corra. A vida é mais caótica do que isso, e o que serve para um pode não servir para todo o restante da população. Lembre-se: Buddha aprendeu a meditar sem precisar de um curso online, portanto você também consegue.
Defina seus “porquês” com clareza: por que você quer ser mais disciplinado? Se a resposta for apenas “para ganhar dinheiro e impressionar meus vizinhos”, talvez te falte um propósito mais profundo.
Estabeleça prioridades que façam sentido para você: não para o seu/sua chefe. Não para marido/esposa/filhos, ou seja, ninguém mais além de VOCÊ.
Comece pequeno, pense grande (mas não se cobre demais no início): não tente correr uma maratona no primeiro dia. Comece com metas pequenas e alcançáveis e vá aumentando-as gradualmente.
Tenha uma rotina, mas trate-a como um esboço, não como uma sentença judicial: flexibilidade também é disciplina. A rigidez é o caminho mais rápido para a desistência.
Gerencie suas distrações (a não ser que elas sejam realmente divertidas): identifique o que te impede de se concentrar (redes sociais, conversas paralelas, a divagação da sua própria mente) e encontre estratégias para lidar com isso.
Evite o multitasking como quem evita um golpe de pirâmide financeira - a não ser que você REALMENTE tenha capacidade para isso: fazer tudo ao mesmo tempo é o caminho mais curto para não fazer nada direito.
Inclua o descanso como parte do processo, não como prêmio: descansar não é recompensa. É necessidade fisiológica, mental, emocional e criativa. Use a técnica Pomodoro com vinho, trabalhe 25 minutos, descanse 5 e no quinto ciclo substitua o cafézinho por um vinho, por exemplo.
Abrace a arte de dizer “não”: dizer não a reuniões inúteis e a outras coisas das quais nós não queremos e não precisamos (inclusive pessoas) é como dizer “não” a uma overdose de açúcar - dói no começo, salva depois.
Use a tecnologia a seu favor (sem virar escravo dela): existem diversos aplicativos e ferramentas que podem te ajudar a organizar seu progresso. Mas lembre-se, eles são ferramentas, não mestres.
Pratique atenção plena e o autocuidado (robô quebrado não produz): durma bem, alimente-se com comida de verdade e reserve tempo para atividades que te dão prazer. Concentre-se em seu presente, você não precisa virar o Dalai Lama. Só precisa estar consciente onde está.
Crie rituais (sem cair na neurose), não apenas tarefas: Fazer café pode ser um ritual de foco. Escrever pode ser um ritual de presença. Tomar café lendo um livro é mais eficaz que marcar “ler 10 páginas” na agenda. Rituais dão sentido às ações e criam prazer na prática. E prazer vicia - ou você acha que os rituais são ainda tão usados nas religiões e etc. por quê?! Rituais são sagrados, rotinas são burocráticas. Use isso a seu favor.
Solte a chibata da penitência, esteja confortável com a inconstância e permita-se falhar: A disciplina não é linear. Haverá dias bons e outros nem tanto. O importante é não desistir na primeira escorregada, portanto, treine como um monge zen, mas permita-se um dia de preguiça. Até os samurais tinham dias de folga.
Desenvolva a autocompaixão (porque você não é - ainda - um super-humano, independente de achar ou tentar ser um): Seja gentil consigo mesmo, principalmente nos momentos de dificuldade. A autocrítica excessiva é paralisante.
Lide com a procrastinação como um sintoma, não como um defeito de caráter: Você não procrastina porque é preguiçoso. Talvez seja medo, ou insegurança, ou cansaço, ou até mesmo tédio… Investigue!
Reinterprete o fracasso: Errou? Ótimo. Agora você tem dados, não um motivo para se flagelar.
Troque autocrítica por autoresponsabilidade: “Eu só faço merda” é autopunição. “Eu cometi um erro, posso fazer melhor” é maturidade. Uma frase constrói, a outra destrói.
Abrace o ócio criativo: a disciplina mora onde o entretenimento morre. Quem não consegue ficar 10 minutos em silêncio consigo mesmo vai ser refém do algoritmo. Desinstale as mídias sociais. Pelo menos por uma semana. Vai lá, seja forte. Como já dizia Bertrand Russell: “O tédio é um terreno fértil para as ideias.”
Dê férias ao algoritmo e tempo à sua intuição: quem vive pautado por notificações vira produto. Silencie o celular e ouça a si mesmo. Ps: Você tem ideias que são muito boas, de verdade. Escute-se.
Tenha um motivo maior que sua conta bancária: objetivos motivados apenas por grana ou validação social viram areia escorrendo entre os dedos. Disciplina exige propósito. Pergunte-se: “Para quê, exatamente, eu quero isso?”
Crie micro-hábitos, não maratonas existenciais: Não tente virar um monge budista em 3 dias. Comece com 10 minutos de leitura, 5 minutos de meditação, 2 de respiração consciente. É o acúmulo de pequenas ações que move montanhas.
Automatize o que não importa, priorize o que te move: Steve Jobs usava sempre a mesma roupa. Não porque era um monge zen e muito menos porque não tinha dinheiro para comprar outras, mas porque ele entendia que foco é um recurso limitado. Economize energia para criar, não para decidir entre calça jeans ou moletom.
Duvide sempre do “ótimo é inimigo do bom”: A perfeição é uma armadilha para justificar burnout. Prefira o “feito, não perfeito” - até seu café pode ser ruim e ainda assim, funcionar.
Recompense-se sem culpa, celebre microvitórias, mas com moderação: Celebre suas conquistas, mesmo as que você considera pequenas, isso te ajudará a reforçar os hábitos positivos. Terminou um e-mail sem mandar alguém para o inferno? Parabéns. Só quem convive/trabalha com pessoas sabe o quanto isso conta como uma vitória.
Pratique a “ignição fria”: Comece tarefas chatas sem pensar e por primeiro. Como Nietzsche diria: “Às vezes, é preciso pular no abismo e descobrir que ele é raso.”.
Misture trabalho e prazer (de forma moderada é claro): escreva relatórios ouvindo heavy metal. Leia um livro de filosofia em um bar. O caos pode ser extremamente produtivo. Só não use isso como desculpa para a falta de organização na sua casa ou atos de natureza sexual em público.
Cultive a disciplina como um romance, não como um regime militar: A disciplina não é algo que se impõe, é algo que se seduz. É um flerte diário com sua melhor versão, não um grito de ordem.
Pratique a paciência (a disciplina é uma maratona, não uma corrida de 100 metros): Resultados significativos levam tempo. Não se frustre se não vir mudanças da noite para o dia.
Encontre um “parceiro de disciplina” (se você é do tipo que suporta a companhia de outra pessoa ou que precisa de incentivo de alguém): Compartilhar seus objetivos com alguém pode te ajudar a se manter motivado e responsável, MAS, tenha absoluto cuidado com isso. Escolha alguém que seja realmente de confiança e (de preferência) que compartilhe do mesmo objetivo que você. Caso contrário: Cresça em silêncio! Não precisa sair contando seus sonhos, metas, planos para qualquer um.
Lembre-se de que seu valor não está no que você produz: Você é valioso mesmo se passar o dia olhando para o teto, ou coçando a bunda ou até mesmo, enquanto arrasta correntes pela casa.
Em Resumo (para quem chegou agora e está com preguiça)
Disciplina não é chibata, é bússola. Ela serve para te orientar, não para te punir.
Ser disciplinado sem virar escravo do trabalho é encontrar um equilíbrio entre a busca por objetivos e o respeito pela própria sanidade. É usar a disciplina como uma ferramenta para alcançar o que realmente importa para você, sem se deixar consumir pela pressão de um sistema que, muitas vezes, nos quer como meras máquinas de produção. É sobre ter foco, criar hábitos saudáveis e persistir, mas também sobre saber quando desacelerar e aproveitar a vida.
A sociedade tenta nos vender a ideia de que disciplina é sinônimo de obediência - a algo ou alguém. Mentira. A disciplina real é uma rebelião silenciosa contra a tirania do “não tenho tempo”.
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Disciplina, sim. Alienação não. Resista, seja disciplinado mas, do seu jeito e com estilo!
Nota da Autora: Este artigo “se escreveu em minha mente” entre 3h e 5h da manhã, com auxílio de mosquitos zumbindo em meus ouvidos, uma briga de gatos na minha janela e com um ódio saudável às minhas planilhas de organização de ideias do Notion. A ironia nunca é acidental - mas sim, uma técnica de sobrevivência.
“A ilusão se desfaz quando questionamos a realidade.” - UN4RT
Ah, pega as fontes, referências e inspirações aí, só não enche o saco!
Black Mirror, série de televisão britânica que foi comprada pela Netflix. Foi criada por Charlie Brooker e se concentra em temas obscuros de uma forma satírica, onde o principal foco é a sociedade moderna. Particularmente fala a respeito do como a tecnologia pode transformar nossas vidas em um "pesadelo high-tech".
Aristóteles, Ética a Nicômaco.
Ethos, palavra de origem grega com conceito filosófico. Define-se como o conjunto de características e modos de ser que definem o caráter ou a identidade de um grupo. Para os gregos antigos essa palavra tinha como significado original a morada do homem, ou seja, a natureza. O Ethos seria moldado por meio da educação, do exemplo e da prática constante, o que forma o caráter virtuoso.
Simone de Beauvoir, Por uma Moral de Ambiguidade.
Michel Foucault, Vigiar e Punir e a História da Sexualidade - Volume I: A Vontade de Saber.
Friedrich Nietzsche, Assim Falou Zaratustra.
Borg, "Resistir é inútil", frase conhecida pela "espécie" de organismos cibernéticos do universo ficcional Star Trek. Eles acreditam que a solução para todos os problemas do universo é transformar todo mundo em robô sem opinião própria.
Pitágoras de Samos, filósofo e matemático grego, fundador do Pitagorismo.
Estoicismo, filosofia que ensina a viver de acordo com a razão, buscando tranquilidade interior ao aceitar o que não podemos controlar, focando em nossas reações diante das adversidades.
Hedonismo, filosofia que defende a busca por prazer como principal objetivo da vida.
Behaviorismo, abordagem psicológica que foca no estudo do comportamento observável, rejeitando a análise de processos mentais internos.
Cachorrinhos de Pavlov, referência a um famoso experimento conduzido pelo psicólogo Ivan Pavlov, que demonstrou o princípio do condicionamento clássico. No experimento, Pavlov usou um som (estilo toque de campainha) sempre que oferecia comida a um cachorro. Depois de várias e várias repetições, o cachorro já começava a salivar apenas ao ouvir o som da campainha e mesmo que não recebesse nenhuma comida. Isso ocorreu pois o som foi associado a comida, e o cachorro começou a responder automaticamente ao som com a salivação, sem a necessidade da presença da comida em si. Esse fenômeno mostrou como os comportamentos podem ser condicionados por associações com estímulos externos.
Epicteto, Manual de Epicteto (Enchiridion).
Virginia Woolf, Um Teto Todo Seu.
Buddha, Buda ou Siddhartha Gautama, foi um príncipe indiano que viveu aproximadamente entre os séculos VI e V a. C.
Dalai Lama, título dado ao líder espiritual do Budismo Tibetano, considerado como a encarnação de Avalokiteshvara, o Bodhisattva da Compaixão. O atual Dalai Lama, Tenzin Gyatso, nasceu em 1935 no Tibete e foi reconhecido como a décima quarta encarnação do Dalai Lama quando tinha 2 anos de idade.
Bertrand Russel, A Conquista da Felicidade.
Steve Jobs, foi um dos fundadores da Apple Inc.. Era amplamente conhecido por sua visão, perfeccionismo e sua habilidade em antecipar as necessidades do mercado, bem como sua insistência na simplicidade e experiência do usuário.
Notion, aplicativo de produtividade que integra diversas ferramentas. Desenvolvido pela Notion Labs Inc. e lançado em 2016.
Sempre assertiva.
потрясающе, постоянно совершенствуется